domingo, 16 de junho de 2013

De olho na lista das federais...


" (...) ainda na véspera eram seis viventes, contando com o papagaio. Coitado. morrera na areia do rio, onde haviam descansado, à beira de uma poça : a fome apertara demais os retirantes e por ali não existia sinal de comida. Baleia jantara os pés, a cabeça, os ossos do amigo, e não guardava lembrança disso."

Segundo D. Heloísa Ramos, viúva do autor, Vidas Secas é um livro essencialmente político, suas problemáticas abordadas continuam  inteiramente  atuais. Os soldados amarelos  continuam dominando , só que agora são verdes. O Brasil continua o mesmo, ela enfatiza.

    O romance vidas secas é um nuance que interliga a infância do autor , sob o regime das secas e das surras que lhe eram aplicadas por seu pai , e a sua convicção criada de que todas as relações são regidas pela violência. A linguagem seca e objetiva  dá expressão à realidade dos retirantes, os capítulos autônomos  desmontáveis libera o leitor da expectativa do próximo capítulo pois os acontecimentos terminam em si e poucas vezes interligam-se.
   A obra é narrada em 3 º pessoa onisciente prismática; dessa forma permite o leitor focalizar a realidade a partir da perspectiva das personagens, por diversos ângulos.


Esse foi um conceito geral mas nos aprofundaremos estudando os personagens o autor e a linguagem  dessa obra brilhante .


Mirelle.


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