sexta-feira, 4 de abril de 2014

carta a um jovem suicida ( texto poético)

  E se bem julgue necessário  novamente  direi-lhe. Contar-lhe ei das noites perdidas em que estive imersa em memórias, do rio  que poderia nutrir-se de minhas lágrimas  que de um beiral de infames dores transbordam.
  E que se julgues honrosos meus conselhos, permita-lhe dizer: espero que saibas que o calor de quem ascende rápido é o mesmo que faz chover muito também, que sonharás com os ideais doces e brilhosos e que ainda assim sentirás o amargo da realidade e finalmente que vida é processo que somos transição e que ela pertence a ti e somente a ti, e que mesmo que possas decidir quando pular não serás capaz de enxergar o fundo .
  Digo-te minha criança que a morte cura, mas apenas as feridas da carne, a consciência não se perde. não descansa.
  Mirelle .

Nenhum comentário:

Postar um comentário